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Os erros na alimentação


Refeições sem equilíbrio provocam a obesidade, um dos males do século 21

Do ponto de vista nutricional, o homem moderno se alimenta muito mal. De acordo com a nutricionista e professora Andrea Villagelim, da Faculdade Bezerra de Araújo, no Rio de Janeiro, a grande culpa desse resultado é o mundo globalizado. “Hoje nós temos uma reprodução de um padrão de alimentação importado, provocado por um mercado de trabalho altamente competitivo. Em razão disso, a vida está muito corrida”.

Um levantamento do Governo, divulgado recentemente, constatou que o brasileiro está comendo menos feijão. “A análise desta constatação é simples. Esse alimento demora a ficar pronto e a dona de casa, além das suas tarefas domésticas, é obrigada a trabalhar fora. Muitos, devido aos compromissos assumidos, não têm 1 hora de almoço. São obrigados a comer em 20 minutos ou então aproveitar este tempo para ir ao banco, ao médico, ou atender a um compromisso pessoal e não prejudicar suas atividades profissionais. Daí o sucesso dos fast-foods”, acrescenta a nutricionista.

Antigamente, a alimentação consistia em uma dieta rica em carboidratos e pobre em gorduras. Nossos antepassados consumiam feijões, vegetais, grãos integrais e açúcar das frutas. O preparo das refeições era simples. Esses alimentos eram digeridos lentamente, ricos em fibras, e o sangue absorvia gradualmente o açúcar.

A partir da segunda metade do século 20, o mundo foi acelerando com os avanços tecnológicos. A alimentação ganhou muitos ingredientes manufaturados, e o consumo de carne aumentou. O homem passou a ingerir mais gordura, a velocidade da absorção do açúcar no sangue também aumentou, obrigando o pâncreas a trabalhar num ritmo acelerado. Passou a ocorrer um acúmulo de gordura visceral no organismo humano e o surgimento de doenças do tipo hipertensão, diabetes, infarto e AVC.

Alimentos que curam

Falta ao homem moderno a visão de que a alimentação pode curar e prevenir doenças. “Além de nos fornecer nutrientes essenciais, muitos alimentos também previnem patologias. A linhaça, por exemplo, previne problemas cardíacos. A aveia, se consumida de manhã, na forma de mingau, combate o colesterol ruim, auxilia no funcionamento dos intestinos e melhora o sistema imunológico. A berinjela, as frutas, são fontes de antioxidantes, evitando o envelhecimento”, destaca a professora.

Melhorar a qualidade de vida

Uma das principais mudanças de postura para quem quer viver melhor é dedicar um tempo maior para preparar a alimentação, com mais seleção. “É importante procurar balancear as refeições e deixar de lado a vida sedentária. Uma atividade física completa o ciclo de uma alimentação adequada, queimando calorias. A dieta alimentar deve ser condicionada às atividades praticadas pelo indivíduo”, aconselha Andrea.

De acordo com números divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o planeta hoje já vive uma epidemia de obesidade. A estimativa é de que, em 2030, sete em cada dez mortes terão como causas doenças não-infecciosas (doenças crônicas). Entre elas, as provocadas pelo sobrepeso e a obesidade, como diabetes e as cardiovasculares. Metade dos brasileiros adultos hoje já sofre com sobrepeso.

“As crianças de hoje não jogam tanta bola como antigamente. Não participam de brincadeiras que exigem corridas. Passam mais horas sentadas, na frente de um computador, de uma televisão ou no videogame. Essa vida sedentária requer uma dieta especial. Se isso não acontecer, quando chegarem na idade adulta serão obesas, terão colesterol elevado e apresentarão um quadro de hipertensão. Muitos já estão chegando aos consultórios com doenças que antes eram diagnosticas somente entre os adultos”, adverte a especialista.

O nutricionista pratica a medicina preventiva. As famílias precisam criar o hábito de frequentar o consultório desse profissional. “Ele orienta para que todos tenham uma alimentação correta e saudável, explorando o potencial de muitos itens que fazem parte das nossas refeições diárias”, conclui Andrea.

Agência Unipress Internacional