
Esposa, mãe, cantora e, principalmente, serva. Assim podemos definir Leonor Alonso Machado. Ela Nasceu no Rio de Janeiro e foi adotada por uma família que a cercou de amor e carinho. Desde criança teve seus talentos musicais descobertos pela mãe, que a colocou em uma escola de música. Com uma adolescência marcada por decepções amorosas e um grande vazio espiritual, Leonor chegou à Igreja Universal em 1986, e teve sua vida transformada. Acompanhe a entrevista concedida por ela ao Portal Arca Universal e saiba como uma ex-funcionária da Aeronáutica e estudante de direito despontou para uma carreira de cantora gospel, com discos de ouro e de platina.
Como foi a sua infância?
Foi uma infância feliz. Apesar dos meus pais serem adotivos eles me criaram com muito amor, muita atenção e muito carinho. Eu cresci em um lar harmonioso, pois eles não brigavam. O que de mais triste aconteceu foi a morte do meu pai quando eu tinha 9 anos, mas, mesmo assim, minha mãe assumiu o papel de mãe e pai na minha criação e me educou muito bem.
Você não sente vontade de conhecer sua mãe biológica?
Não, nunca senti. Acredito que seja porque sempre recebi muito amor da minha família. Como sou irmã gêmea, gostaria de conhecer meu irmão, pois minha mãe adotiva me contou que quando minha mãe biológica estava grávida ela já tinha decidido que não ficaria com as crianças e havia designado cada um para uma família. Eu tenho curiosidade em saber se ele está vivo, quem ele é.
Como foi sua adolescência?
Eu sempre digo que tive tudo o que uma pessoa quer para ser feliz. Uma boa família, boa educação, fazia faculdade de direito, trabalhava na Aeronáutica, nunca me envolvi com drogas, nunca fumei ou tive vícios, mas tinha um vazio enorme dentro do meu peito. Meu coração era vazio, triste, e por mais que tudo estivesse bem ao meu redor, eu ainda sentia que faltava algo. Por isso, quando me relacionava sentimentalmente com alguém, me entregava totalmente e sempre acabava me decepcionando. Eu era uma pessoa muito sentimental e sonhadora. Logo que conhecia um rapaz, queria namorar, noivar, casar, constituir uma família. Mas as pessoas que encontrei não queriam compromissos sérios. Aos 17 anos cheguei a ficar noiva, tinha o enxoval montado, pensei que seria a pessoa certa, mas aí tudo desmoronou e o noivado terminou.
Como foi a sua conversão?

Como conheceu seu esposo?
Eu passei a frequentar o templo do bairro do Flamengo, pois era mais perto da minha casa. Meu marido era obreiro desse templo e me ajudou muito na minha libertação. Ele me atendia, me orientava e me ajudava espiritualmente, sem interesse em mim, pois eu precisava ainda me libertar e ele já era obreiro. Eu me libertei, fui levantada a obreira e nós nos aproximamos, pois íamos evangelizar juntos. Foi quando despertou o interesse um no outro. Nós oramos, pensamos, conversamos com o pastor e decidimos namorar. Depois de 1 ano de namoro, nos casamos. Eu louvo e agradeço a Deus, pois Ele me deu um esposo maravilhoso, compreensivo, companheiro, que me completa em tudo. Faz 22 anos que estamos casados e temos uma filha de 21 anos. Realmente tenho uma família abençoada e feliz.
Como foi o seu primeiro contato com a música?

É verdade que você foi tecladista da IURD?
Sim. Na igreja em que eu era obreira havia um teclado pequeno, mas não havia tecladista. Foi então que o pastor me pediu para tocar na reunião, e desde então fiquei por anos como tecladista.
Como surgiu a cantora Leonor?
Eu nunca imaginei que seria cantora, com certeza foi um plano de Deus. Eu estava tocando em Botafogo e o bispo Macedo fez uma reunião lá. Quando a reunião acabou o pastor que cuidava da Igreja de Botafogo disse que o bispo tinha achado minha voz bonita e que eu poderia gravar um LP. Eu fiquei feliz, mas não fiquei ansiosa. Meu esposo já era pastor e fomos transferidos para Minas Gerais. Passaram-se 4 anos até que eu gravasse um compacto com 4 canções. Em 1995, gravei o LP que se tornou o primeiro CD com canções como “Fogueira Santa”, “Novo Israel” e “Até que te encontrei”. De lá pra cá, foram 5 CDs gravados. Foi algo que realmente eu não esperava.
Passaram-se 15 anos desde que você gravou seu primeiro CD. Você se sente mais preparada hoje, como cantora?
Na verdade, não é a cantora Leonor que se apresenta e sim a serva que tem que estar ali em cima do altar cantando, pois o altar é um lugar santo. Eu tenho prazer de fazer o que eu faço, sou privilegiada, pois tenho a oportunidade de, por meio da minha voz, levar a Palavra de Deus para milhares de pessoas no mundo todo. Mas, seja onde for, antes de qualquer apresentação, sempre sinto um frio na barriga, pois tenho uma total dependência de Deus, e se Ele não me usar, o meu objetivo, que é ganhar almas, não irá se realizar. O dia em que eu pensar que sou alto suficiente ou que sei cantar, pode ter certeza de que estarei perdida.
Você teve alguma experiência durante esse tempo de Obra que te marcou?

Qual o conselho que você dá para os cristãos que têm o desejo de servir a Deus por meio da música?
Primeiro, a pessoa deve perguntar a Deus se é da vontade Dele que isso aconteça, pois muitos, infelizmente, desejam se tornar cantores, gravar um CD, para serem famosos ou para satisfazer o desejo do próprio coração, e não servir a Deus. Quando há um desejo sincero de agradar ao Senhor, as coisas acontecem. Pois quando Deus se lembra de alguém, a pessoa pode ter sido esquecida por todos, mas, com certeza, mais cedo ou mais tarde, Deus vai usar alguém para abençoá-la.