Nos últimos tempos, temos sido “bombardeados”
com notícias que nos fazem pensar para onde
caminha o ser humano, ou seja, os crimes que se
praticam são cada vez mais bárbaros e horrendos,
senão veja-se: o caso do austríaco que manteve
a filha sequestrada, mantendo, para além disso,
relações sexuais com ela e tendo mesmo filhos; o
desaparecimento misterioso das meninas Joana e
Maddie; os supostos crimes do guarda-redes brasileiro
Bruno e de Francisco Leitão.
Para além de ser bastante preocupante o facto de se
praticarem tais crimes, o que me assalta o pensamento
é o facto destas situações serem cada vez mais
macabras, ou seja, parece que se deixou de dar valor
à vida humana, pois quando esta não satisfaz mais
os desejos dos alegados autores dos crimes pode-se
quase depreender que passou a ser descartável.
O mês de férias por eleição, que deveria ser para
muitas famílias de paz, tem-se tornado num
período marcado pela perda e pelo sofrimento. Em
algumas culturas existem pensamentos que associam
agosto ao desgosto, mas, na realidade, terá isso
alguma relação ou será mera crendice? Será melhor
analisarmos os dados de anos anteriores, relativos aos
acidentes nas estradas portuguesas e às pessoas que
são burladas por agências de viagem.
E como se pode observar cada vez mais existem
pessoas a querer tirar algum proveito da boa intenção
de um ser humano. Mas o que será que se está a
passar com o ser humano? Perderam-se os valores?
A realidade é que as pessoas cada vez olham mais
para o seu próprio umbigo, ou seja, o desejo de ajudar
o próximo tem vindo a deixar de ser uma prioridade,
tendo o ser humano deixado de temer a Deus,
passando a ter atitudes cada vez mais egoístas. Se nos
recordarmos como era no tempo dos nossos avós ou
quando vamos a uma aldeia, e observarmos o tipo de
valores que existe ainda nas pessoas do mundo rural
e lhes contrapusermos os das grandes cidades, aí
veremos a grande diferença!
